Médicos, Nutricionistas, e os demais profissionais de saúde sempre estão avaliando como anda a saúde daqueles que são ou serão seus pacientes, patologias como diabetes, hipertensão e síndrome metabólica por exemplo, são comumente os “carros chefe” dessa investigação. Nesses últimos meses, mais de 7 bilhões de pessoas em todo mundo começaram a perceber, novamente, como é importante ter ou manter sua saúde em dia para o caso de ocorrer algum adoecimento para então, seu forte organismo combater esse invasor com um esperado “nocaute no primeiro round”.
O Corona Vírus em comparação a Tuberculose (doença infecciosa mais letal no mundo e hoje ocupa a 10° posição dentre as principais causas de mortes) vem dominando esse posto no comparativo da média das mortes diárias, (média de 4,6mil falecimentos por dia de Corona Vírus em 2020 X cerca de 4,1mil de mortes/dia de tuberculose em 2018) e de fato, o mundo esta em total alerta aguardando ansiosamente pela vacina da cura.
Com essa introdução mais pesada, vamos agora analisar diversos fatores que são de extrema relevância quando falamos de saúde pública e são eles: sedentarismo, estresse e obesidade.
1° SEDENTARISMO:
Segundo dados da OMS, o nosso Brasil Varonil ocupa a 5° colocação dos países que menos fazem atividade física!
Pois é, estamos com essa péssima colocação mesmo com o aumento em 25,7% da pratica de atividade física registrado na última década, mostrando que 46% dos 200 milhões de brasileiros não realizam qualquer exercício. Paradoxalmente, o Brasil esta em 2° lugar no ranking em quantidade de academias no mundo, mas sendo 4° lugar em números de frequentadores com 9,6 milhões de pessoas (IHRSA, 2018);
2° ESTRESSE:
A OMS também mostrou o Brasil como o país mais ansioso do mundo!
Cerca de 9,3% dos Brasileiros sofrem com o transtorno, então precisamos urgentemente de algumas lições dos nossos vizinhos Mexicanos e Canadenses, ambos países da américa que ocupam as últimas posições neste ranking. Nesse sentido, ser ansioso é uma condição muito próxima para o desenvolvimento de compulsões alimentares, por exemplo. A AMB (Associação Médica Brasileira) em 2013 estimou que cerca de 5,6 a 21% das pessoas utilizavam ansiolíticos, e em um levantamento de 2017, observou-se um pico em sua utilização, chegando a ser 20° medicamento mais vendido em todo país (ANVISA);
3ª EXCESSO DE PESO E OBESIDADE:
De acordo com Ministério da Saúde, na última década houve um significativo crescimento de incríveis 67,8% da obesidade no Brasil
prevalecendo o grupo de adultos de 25 a 34 e 35 a 44 anos com aumento de 84,2% e 81,1% respectivamente. Na análise do excesso de peso o crescimento foi de 30,8%, sendo 55,7% em adultos de 18 a 24 anos. A OMS reforça que pacientes com condições cronicas pré-existentes, como diabetes e hipertensão “que andam de mãos dadas com a obesidade” acabam com quadros mais graves quando contaminados pelo novo Corona Vírus, a COVID-19.
O parâmetro usado para análise é o IMC (Índice de Massa Corporal) com o cálculo: Peso / (Altura²).
Exemplo: Se você tem 60kg e 1,70m de altura, será: 60 / 2,89 = IMC: 20,7kg/m².
(nota: praticante de exercícios bem intensos/cargas altas como a musculação ou cross fit, não devem usar o IMC)
IMC - BAIXO PESO: abaixo de 18,5kg/m²
IMC - PESO IDEAL: entre 18,5 a 24,9kg/m²
IMC - EXCESSO DE PESO: entre 24,9 a 29,9kg/m²
IMC - OBESIDADE: acima de 30kg/m²
CONCLUSÃO:
Praticamente metade dos brasileiros não praticam atividades físicas regulares, mas além dos parques e áreas livres, temos mais de 30 mil academias a disposição. O excesso de peso e obesidade vem crescendo vertiginosamente nos últimos 13 anos, mas estamos ingerindo mais frutas e legumes, e diminuindo substancialmente a ingestão de refrigerantes e sucos artificiais. As pessoas estão muito ansiosas, mas estão recorrendo as medidas de “rápida solução tampão” com as medicações “tarja preta”, mas poderiam optar pela aquisição de um estilo de vida mais saudável e equilibrado, ou mesmo a terapia.
Vemos claramente uma dicotomia entre as ações e estas, não estão gerando bons resultados... não é opinião ou mesmo minha análise com a bagagem de quase 2 décadas e nele realmente vejo o número expressivo de pessoas ansiosas e imediatistas, mas são fatos, dados que nos deixam em uma posição bem desconfortável referente ao cuidado com a saúde física e mental. Precisamos urgentemente mudar nosso mindset não somente no ambiente corporativo (onde esse termo é amplamente propagado), mas em nossa jornada de vida buscando a plena qualidade de vida, então temos uma baita responsabilidade em cuidar de nós, da geração a frente para que sejam amparados da maneira que merecem e da geração que esta vindo, para entrega-lhes o bastão com as devidas orientações e exemplos para seguirem em frente com muita saúde e vigor!